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Guia de cultivo do tomate

Por Toni Busquets
Setembro 13, 2021

Na cultura do tomate, explicamos que o tomateiro é uma planta pertencente à família das Solanáceas e que a cultura do tomate é hoje em dia praticada em todo o mundo.

É muito apreciada pelo seu fruto rico, carnudo e vermelho, que se chama tomate e que utilizamos todos os dias, tanto em cru como transformado de diferentes formas, como o tomate frito, o tomate seco…

Quanto ao seu cultivo, necessita de rega abundante e luz solar direta, bem como de cuidados nutricionais específicos. Não é a melhor cultura para te iniciares no mundo das hortas, mas vamos enumerar os passos fundamentais para o seu cultivo e os principais aspectos que deves ter em conta quando começares a cultivar com ela.

QUANDO E COMO SEMEAR

O cultivo do tomate está de pernas para o ar para muitos de nós, pois, dependendo da zona em que vivemos, podemos começar as nossas mudas de dezembro-janeiro a abril-maio.

Tudo dependerá do clima da zona onde vivemos e das variedades de tomate que escolhemos para a nossa horta, jardim de contentores ou jardim urbano.

Quanto à forma de semear, a primeira coisa que temos de fazer é preparar o solo onde as nossas sementes vão germinar, recomendo que faças uma mistura de 75% de substrato e 25% do nosso húmus de minhoca 100% orgânico . Com isto criarás o equilíbrio perfeito para que as nossas sementes cresçam saudáveis e fortes desde o início.

O passo seguinte será a escolha das sementes de tomate, lembrando que é muito importante escolher as variedades certas de acordo com o nosso espaço de cultivo. Se tivermos pouco espaço, a melhor escolha são os tomates determinados, que são aqueles que crescem até uma certa altura, se por outro lado tiveres muito espaço, escolhe os tomates indeterminados.

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Quando tudo estiver limpo e o substrato estiver preparado, coloca-o nas camas de sementes. Estamos prontos para a cultura do tomate. Coloca pelo menos 2 sementes por buraco e humedece o substrato. Também podemos fazer a sementeira direta, mas para isso precisamos de um clima adequado, porque se tivermos uma geada a nossa planta morrerá e todo o nosso trabalho terá sido em vão.

Como conselho, recomendo-te que regues com água morna e que coloques as camas de sementes em zonas com temperatura constante, para que a sua germinação seja mais rápida.

O TRANSPLANTE

Na cultura do tomate, um dos momentos mais importantes para os nossos tomateiros é quando os tiramos dos seus berços onde cresceram durante algum tempo e os colocamos na sua nova casa…

Antes de o fazermos temos que o preparar, quando vamos para uma casa nova gostamos que tenha todos os serviços prontos a usar… eletricidade, água, portas…. O mesmo acontece com o tomate, temos que preparar o solo para que tenha reservas suficientes para que a planta cresça sem problemas e sem deficiências de nutrientes pois isso terá um impacto direto na produção que essa planta terá no futuro.

O ideal seria preparar o solo corretamente, fazendo uma mistura perfeita. Na CULTIVERS ECO recomendamos-te uma mistura das nossas farinhas, assim criarás um solo fértil e equilibrado para um crescimento e desenvolvimento óptimos.

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Uma vez que tenhamos a terra pronta é hora de colocar a muda, para isso é melhor que o substrato da sementeira esteja um pouco seco para que o torrão não se desmonte e assim poder conservar a maior parte da raiz, lembra-te que se saíram as 2 mudas, antes do transplante temos que cortar a que está menos vigorosa e saudável, mantendo sempre a de melhor aspeto e forma, evitando malformações.

Agora que já temos a muda fora da cama de sementes, a terra está pronta… Fazemos um pequeno buraco na terra e introduzimos a muda o mais fundo possível, pois isso fará com que a nossa planta crie mais raízes e o seu suporte e assimilação de nutrientes será melhor, pois criará mais superfície radicular.

E, finalmente, a única coisa que temos de fazer é regá-la, para que a nossa planta comece a receber humidade e o seu transplante seja um sucesso.

IRRIGAÇÃO DO TOMATE

Regamos demasiado… Regamos muito pouco… Uma das questões que talvez nos traga mais dores de cabeça no cultivo do tomate… É melhor regar muito e de poucos em poucos dias ou regar pouco e de poucos em poucos dias? Tudo isto está condicionado pelo acesso à água que temos, porque se não tivermos água da rede, a rega não será a mesma que se a tivermos.

Segundo a minha experiência, se tivermos água da rede, o ideal seria regar pelo menos de 2 em 2 dias no verão, e se estiver muito calor, uma vez por dia, evitando sempre as horas de maior exposição solar, ou seja, de manhã cedo ou ao fim da tarde, para que as nossas plantas aproveitem melhor a humidade que lhes fornecemos e para que esta não se evapore tão rapidamente que as nossas plantas sofram.

Se não tivermos água da rede e a nossa irrigação for limitada, é aconselhável fazer pelo menos uma irrigação intensa por semana durante a estação quente, encharcando muito bem o solo para que as nossas plantas tenham esta boa água durante mais tempo.

Lembra-te que as plantas se habituam ao que lhes damos e se lhes damos muito, habituam-se a esse nível de água. Se, por outro lado, procurarmos variedades de sequeiro, elas estão geneticamente habituadas a receber menos água e, se seguirmos as orientações corretas, durarão muito mais tempo sem necessidade de rega contínua.

E como última recomendação, não molhes nem as folhas nem os frutos dos tomateiros durante as horas de sol, já que isso terá um efeito de aumento e queimá-los-á, e quanto menos se molharem, menor será a possibilidade de as nossas plantas serem visitadas pelos fungos indesejáveis.

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O TOMATEIRO E A NECESSIDADE DE ORIENTAÇÃO OU DE ARAMAÇÃO

Como mencionei no início, existem 2 tipos de tomateiros, os determinados e os indeterminados. As primeiras não precisam de ser treinadas porque crescem pouco e crescem sem problemas.

Quanto às variedades indeterminadas, temos as variedades em cana e as rasteiras. Como o seu nome indica, as trepadeiras não precisam de ser treinadas e desenvolvem-se perfeitamente ao nível do solo.

Por outro lado, a poda ou estacaria é necessária porque se desenvolvem muito e precisam de ser guiadas e apoiadas para que cresçam sem qualquer tipo de problemas.

Existem vários tipos e formas de estacas, entre elas podemos destacar as barracas com bengalas, as guiadas por corda e as estacas individuais. Estes três tipos têm uma multiplicidade de variantes e estão entre os mais utilizados.

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PODA DA PLANTA

No cultivo do tomate há pessoas que o fazem e pessoas que não o fazem, o que é correto e o que não é, isso é mais a experiência de cada um. Nós vamos explicar-te algumas coisas e com base na informação que te vamos dar, tu vais escolher.

A poda do tomateiro pode ser feita de 2 maneiras:

  • Despunte. Aquí lo que conseguimos es que una vez la tomatera tiene una altura adecuada realizamos una poda apical. Evitamos que la planta crezca mas hacia arriba y si lo haga a lo ancho,
  • Deschuponado. Consiste en podar las tallos que salen de las axilas de las hojas, estas forman nuevos brazos de los que también saldrán racimos florales.

Agora o que acontece, eu pessoalmente costumo deixar os tomateiros com 2 a 3 ramos para ter um pouco mais de produção e para que os tomates não percam muito tamanho, se por outro lado não tiramos os rebentos os tomateiros crescem e crescem e a energia é distribuída, não só nos vão dar frutos como vão crescer como um arbusto.

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Quais são os pontos positivos e negativos de cada método?

  • Poda. Al podar logramos mantener la planta en una forma y altura , logramos un mejor calibre y disminuimos la posibilidad de que sea atacada por plagas. Por el contrario el numero de tomates será menor.
  • Não podas. Maior produção mas menor tamanho, possibilidade de ter mais pragas por ser mais denso, ocupar mais espaço e maior necessidade de água e nutrientes. Evitamos queimar os frutos.

E agora o que fazemos… Deixamos isto nas tuas mãos.

COMO E QUANDO COLHER OS TOMATES

Tem de ser colhido no momento certo e para isso há gostos diferentes… e há cores diferentes para gostos diferentes. Há quem goste mais verde, há quem goste muito maduro, e há quem goste no momento certo. E quando é que isso acontece? Como é que sabemos?

A regra de quanto vermelho é colhido nem sempre se aplica, porque, como sabes, há muitas variedades de cores diferentes no mercado, do preto ao branco, bem como todas as cores que possas imaginar.

Por isso, uma das formas de saberes quando um tomate está maduro é tocando-lhe. Quando reparamos que conseguimos espremer o tomate e que este está um pouco mole, é o momento ideal para o colher e fazer parte da nossa despensa.

A forma de cobrar é muito simples. Normalmente, quando o tomate está maduro, ao dobrar o fruto, este apenas se desprende do caule que o prende ao cacho, outra opção é cortá-lo com uma tesoura com a ideia de deixar o cacho inteiro.

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DOENÇAS E PRAGAS COMUNS

INSECTOS NA CULTURA DO TOMATE

  • Ácaro-aranha (Tetranychus spp.) O ácaro-aranha suga o material vegetal, absorvendo os sucos celulares como parte da sua alimentação. O tecido afetado adquire uma cor amarelada, que eventualmente se torna necrótica. Em infestações avançadas, desenvolve-se uma teia de aranha caraterística à volta de toda a planta.
  • O percevejo verde (Nezara viridula) é um hemíptero fitófago, ou seja, alimenta-se da seiva das plantas. Como se alimenta de plantas, é muito comum em todos os tipos de culturas.
  • A Heliothis (Helicoverpa armigera) é uma lagarta de cor esverdeada, de corpo cilíndrico, com um tamanho que varia entre 3 e 5 cm. Os danos no tomateiro são causados pela larva que pica as folhas ou os frutos ainda em formação, deixando concavidades, geralmente junto ao pedúnculo.
  • Mosca branca (Bemisia tabaci) A mosca branca fêmea põe os seus ovos na parte inferior das folhas de pimento. Aparecem esferas brancas visíveis. Para se alimentarem, sugam a planta, enfraquecendo-a e provocando eventualmente uma murchidão geral.
  • Lagarta-das-folhas (Liriomyza spp.) As galerias formadas por esta praga são visíveis a olho nu na face superior da folha. O adulto tem 2 mm de tamanho, cor preta e amarela e asas de cor clara. Os danos no tomateiro são causados pelo adulto que morde a folha para pôr os ovos ou para se alimentar. Com o tempo, as galerias que se formam tornam-se necróticas, enfraquecendo a planta.
  • Traça do tomateiro (Tuta absoluta) Este lepidóptero tem uma elevada capacidade reprodutiva, produzindo 40-50 ovos durante o seu ciclo de vida, sem invernada. Os danos no tomateiro são causados quando as larvas penetram nas folhas, caules ou frutos para se alimentarem. Produzem galerias que se tornam necróticas com o tempo.
  • Tripes (Frankliniella occidentalis) Os tripes são insectos alongados que medem cerca de 1 a 2 mm (visíveis a olho nu e reconhecíveis com uma lupa) e são de cor castanha. Estes insectos sugam o material vegetal do tomateiro. A zona onde o material vegetal foi sugado é de cor prateada e acaba por se tornar necrótica.
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DOENÇAS NA CULTURA DO TOMATE.

  • Antracnose (Colletotrichum sp.) A antracnose aparece no tomate quando os frutos estão no processo de amadurecimento. Aparecem manchas circulares, de aspeto aquoso (com aspeto de podridão) no fruto e afundam-se para dentro. O centro torna-se mais escuro com o tempo e a podridão aumenta.
  • Cladosporiose (Fulvia fulva) Esta doença comum no tomateiro afecta apenas as folhas em condições de humidade elevada (acima de 70%). Para localizar esta doença, dever-se-á observar uma mancha castanha-amarelada na parte inferior das folhas. O remédio mais eficaz é a prevenção. Age assim que aparecerem os primeiros focos nas folhas do tomateiro, evitando a água estagnada ou livre que possa ficar sobre as folhas.
  • Míldio (Phytophthora infestans) Esta doença fúngica ataca a parte aérea da planta em condições de humidade elevada (90%). A presença do fungo é detectada pelo aparecimento de manchas irregulares que acabam por se tornar necróticas nas folhas. Aparecem manchas castanhas no caule e manchas castanhas de forma irregular nos frutos.
  • Oídio (Leveillula taurica) Este fungo aparece nas plantas de tomate com um micélio esbranquiçado que pode ser visto a olho nu. A temperatura de germinação do fungo oscila entre os 10 ºC e os 35 ºC, sendo as temperaturas inferiores a 30 ºC as óptimas.
  • Podridão cinzenta (Botrytis cinerea) Nas folhas, caules e flores aparecem manchas acastanhadas (pó cinzento), que é o micélio cinzento do fungo. Nos frutos, ocorre uma podridão mole e aquosa.
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